sábado, 19 de maio de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

Não Aprendi a Dizer Sentimentos



Aprendi a amar.
Mas meu ‘eu te amo’ é mudo.
Os que esperam
(e teimam em querer)
ouvir
é porque realmente não merecem.

Para quem me importa
O tempo é quem fala.
Para esses
O silêncio é a melhor resposta.

Sentimentos não cabem em letras.
Eles precisam de
abraços,
risos,
choros,
saudades:

o que me faz dizer de verdade
o que sinto.



domingo, 6 de maio de 2007

Re(e)volução em Erma


O mar
se perdeu nos barcos de
7 chaminés.

A sinfonia perdeu
as cordas e os sopros.

Os robôs regem
uma sinfonia.
Contra-tempos,
confusão,
a luz do sol
entrou nas chaminés.

A última ave
voou
para dentro de um catálogo.

As flores nascem cinzas.
O ATGC
virou polímero.

Funções,
botões,
dão aos robôs
água preta.

As árvores crescem
em laboratório.
As árvores ainda
vivem?

Alguns Homens ainda
não venderam
as almas.
(é um software muito valioso)

Eles ainda olham as árvores.
Eles não correm.

Eles olham outros,
que um dia conheceram o mar.
Eles viram uma vez
o sorriso.

A fome não existe.
Pílulas de proteínas
para encher um
Espantalho
Orgânico.

Mas as árvores
destroem o laboratório.
(mas eles vendem bem as comidas de cartela)

O sopro divino
dos catalisadores.

Agora o homem
evoluiu.

Fez num béquer
o homem.
(já não o teria feito?)

O homem nasceu?

E os outros?
O que eram?

Há Homens nas calçadas.
Homens de verdade!
Até dor sentem!
(e as comidas de farmácia?)

Mas as árvores explodem o laboratório!

As calçadas
vêem
o grande verde.

Levantem!

Os robôs param.

Serras são ligadas:
Cortem as árvores!

Mas o laboratório explodiu!

As aves voam dos quadros.
Pegam fogo
e voam para os Homens.

Chuva.

O céu lava os Homens.
Batismo.
Agora vivem!

Os robôs se debatem.
Tentam queimar as árvores.
Tilt.

A chuva é forte.

O mar cresce,
inunda tudo.

Um novo dilúvio.
Os Homens vêem
o mar.
Todos.

As aves,
com suas asas flamejantes,
mostram o mundo
aos Homens.

Tudo inundado.

A chuva pára.
O Céu se abre
com a cor do mar.

O sol eleva as terras
Os homens pisam as terras

marrom são as terras.

Árvores e mais árvores!
Gigantes!

As aves cantam!

Os Homens não correm
mais.
Olham ao redor
tudo.

Agora vêem
o sorriso.