domingo, 21 de dezembro de 2014

Solar


Plantamos discretos sóis
Nos secos vastos de descrenças.

Descalços de distâncias, descremos
de trilhas e de errâncias,

pisando no infinito que nos funda.
E flores fincam cores no cinza insosso:

sombreiam amarelos de leves sons –
sussurros de olhos que cantam auroras.








*Desenho de Juliana Lesquives, para quem dedico este poema.