“Acordar é um pouco de morrer.”
Sonhando a deixar o doce colorir os passos,
levava em si o berço de sua pequena aurora,
pendurada em sóis plásticos de um brinquedo
que no alto desenhava a cantiga a leve soar.
Eram os olhos fechados a ver o arco-íris, a dar
à língua o gosto de viver, lambuzando dentes
em sorrisos brancos de nuvens. E o sol, acima,
girando, girando, na brisa do entardecer.
E fechados ficavam, sem saber do falso do sol,
que sorria o opaco desenho de sua cor, frágil
adorno a ninar um sono. Pequeno, ínfimo –
e profundo, pois não via o branco vácuo do acordar.
complexo, complexo...
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