sexta-feira, 4 de maio de 2012

... a calmaria.

... a calmaria by alexpitta

E o mar que restou entre os dedos descalços
sem sal se arrasta pálido e tedioso.

Ainda trêmulo o chão avisa o medo nos escombros
e do cascalho os cortes sobem a rosto e olhos.

No litoral, o passado desponta em restos
diluídos em águas de dissimuladas calmarias.

No corpo nem o sinal da mais rota roupa,
que voou no primeiro sopro do grande vento.

Apenas os olhos cobrem-se com silêncio
e o furacão, longe, pede desculpas com um ralo céu azul.


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