quarta-feira, 8 de abril de 2009

"Descendo..."


O homem levava outros a tetos e térreos,

mas seus olhos não saíam do chão.

Era um vazio em seu rosto,
tamanho vácuo que a face tornara-se sombra.

O ascensorista nas luzes e números se anulava.

O que restava era o sorriso
que ficava no crachá,
rosto do assujeito.

A foto foi tirada no último andar,
a única visita ao topo
de um rosto que lá ficou

e aqui, vazio, desce.



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