terça-feira, 2 de junho de 2009
Ponteiros da Angústia
As horas se abraçam aos segundos,
dando à dúvida vida eterna.
Os ponteiros presos ao eixo andam em
círculos.
Não passa.
Não volta.
O homem, lorde dos tique-taques,
agora tenta atirar no cuco.
O homem, que corria na certeza de um ponteiro suíço,
agora tem essa flecha mirada em seu peito.
Não passa.
Não volta.
Tempo, traidor que ilude e tortura,
talvez desarme sua flecha
ou atire pontualmente,
como numa meia-noite,
quando tudo ficará escuro
e onde o tempo irá
parar
nas flechas que se cravam no coração.
Não para.
Não volta.
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