domingo, 16 de agosto de 2009

Órbita perdida



O homem já não dava passos leves como os de antes. Por não sentir o chão – sina dos mal-alados – acabou beijando-o em diversos buracos. E os olhos forçaram-se ao céu. De lá, não caem respostas: apenas estrelas. O chão é gelado, assim como o firmamento. Mas o azul pinta os olhos, ardil colírio (melhor do que esperar daqui de baixo conseguir abraçar todo o azul é saber se o infinito de sua alma consegue preencher seu próprio vácuo). E atrás do azul, um todo repleto de nada.





Um comentário:

  1. "E atrás do azul, um todo repleto de nada."

    em resumo quase sempre o que vc escreve que causa raiva, transtorno, angustia ...
    eu te odeio por vc m fazer sentir essas coisas, e acreditar que são tão reais, mas do que eu supunha guardar só em mim.

    eh como s fosse um espelho do q eu sei que existe mas não quero ver, ou pelo menos não quero que m mostrem, ou talvez, e mais uma vez, não seja nada disso.

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