À professora Cássia Lopes
As sombras decalcavam o denso verde na terra, fértil de uma incontida vida a brotar de sua maciez – uma vida que borbulhava na água da chuva recém caída. E as luzes, driblando as frestas de folhas, apontavam as trilhas que na mata se escondiam. Estava perdido na imensidão a desnortear seus passos. Talvez nunca saísse de dentro da floresta, mas se põe andar. Passará por sombras e claridades ofuscantes, guiado por passos que não mais calçam trilhas marcadas pelo seco barro. Pois seus pés estão encharcados, assim como os olhos, que espelham um úmido verde.
“Em um vagão de trem, quando o imaginário decide sair do conforto das horas, uma janela sempre se abre para o mundo”... ‘Talvez nunca saísse de dentro da floresta, mas se põe andar’, esperava manter a ilusão de que chegaria mais rápido ao outro lado. ‘Pois seus pés estão encharcados, assim como os olhos, que espelham um úmido verde’, “algumas imagens ficariam retidas na memória insegura daquela viajante” para sempre, ou até o improvável último passo.
ResponderExcluirPerdoe a ousadia...
“ “ Cássia Lopes- Rumor das horas
Senti-me no ambiente. Senti até o cheirinho de terra molhada. =]
ResponderExcluirO novo layout tá BONITO PRA CACILDA. Bem melhor que o anterior.
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