quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Miragem



Oásis vivo,

Pulsando, florido,
A virgem mata
Do Enfim-chegar.

Uma trilha tece
O desnorte turvo
De densas dunas
Do incerto.

O olho veste
O verde maior
com um sólido querer,
regando auroras.

Uma gota desce
Na certa e dura
Cova movediça
Da seca queda:

A lágrima marca,
Na deserta face,
A olvida vereda
Da desesperança

E a esmeralda aurora
Esvoaça longe, longe,
Na poeira amarela
Do eterno crepúsculo.



7 comentários:

  1. Belo blog e textos interessantíssimos...

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  2. Procurava outra coisa totalmente desvirtuada,quando encontrei teu blog. Está de parabéns,vais longe!

    #seguindo

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