O ar de rosas
Cego de cinza, eu calçava passos
de desquerer, descrentes de sol.
E pedras crispavam pés
em labirintos silêncios.
Mas um rosa cheirou meus olhos,
Pintando uma mão, fio dourado
a trançar-me sorrisos.
Caído o claustro, cavo o céu
de pétalas, planto confortos
e colho um peito a riscar-me.
Aspiro o decalque do que,
desvisto, acreditei apagado:
olhos de só azul, iluminados –
cores que dele saem, infinitas
e o perfume de querer aquarelas.
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