segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Anonimado



A oculta letra,

rabiscada no estranho desfacetado,
no escuro espelho:
disforme
nos reflexos do sentir.

As molduras do vidro,
outra pele a cortar infinitos
na ilusão do pleno,
tingem a imagem
com o indizível cinza
do silêncio.

Retrato silente
na mudez do traço:

invisível ao corpo

que no reflexo se desvê.

Invisível ao outro
que no desejo se quer ver.



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