"A Eternidade é muito longa.
E dentro dela tu te moves, eterno."
Cecília Meireles
E dentro dela tu te moves, eterno."
Cecília Meireles
Talvez deva eu aprender com o instante
o que deveras falso se eterniza ausente
e findar a passada erma em obscura trilha.
Porém errante e incauto insisto – des(a)tino.
Os passos, instantes de descompassado solo,
calçam as pegadas do etéreo urdir:
pulsante e vaga, a ponte ergue-se rota
e o incerto sopra a derradeira queda.
O instante é tábua frouxa da trágica
ponte, que distante me faz do outro lado.
E, errante, a caminhada persiste, em si,
silente e tímida, em temerosos embalos.
Mas (per)sigo. Que cada pisar seja lato campo
de fofa terra; que cada andar seja a breve brisa
da fatal queda, esquecida e vivida no voo
de pés que de calos elevam-se ao Eterno.
Confesso que eu estava procurando algo para ler neste fim de noite...
ResponderExcluirE deparei-me com seu poema.
Simplesmente de mais!
*-*
Abraços!